segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Sempre e mais uma vez


Como dói se decepcionar, claro que dói, como dói!
Não sei mais se é certo, mas espero de tudo uma parte que me doa, que me atinja do jeito que nem me contorcendo eu possa escapar, e me imobilize, me prive de ter esperanças de tão real que é, de tão grande, de tão perto, de tão íntimo.
Há coisas que doem, claro que doem, e como doem!
O que é mais cruel do que não poder ter esperanças? E isso é só, como se fosse pouco, o que as decepções arrancam de nós.
Não sei mais se é certo, mas firmei aqui dentro - como uma idéia impregnada - que elas sempre virão, estarão em tudo sempre, as decepções, serão a outra face da verdade de que não poderemos fugir.
Se é com as coisas que mais temos segurança, e nas pessoas que mais depositamos confiança que a tal decepção se nos apresenta quase sempre pela primeira vez, há mais o que firmar no peito que não seja desesperança, ainda que com leve sabor de fé ?
Eu disse: o melhor a fazer é aprender a aproveitar os momentos, bons e ruins, porque as histórias se repetem, sempre, sempre e mais uma vez, e as decepções não escaparão, elas nunca perdem a hora, nunca faltam, os bons momentos é que se esquecem de vir, e se arrastam, e se atrasam, se atrapalham, eles é que vacilam, porque é neles que depositamos nossa fé - pouca minha- é neles que acreditamos, e só por isso eles nos são falhos.

3 comentários:

Matheus disse...

Faltou uma coisa: "Ass.: Matheus".
Falou por mim, de uma forma que eu nunca saberia escrever. Parabens, belo texto!

Nath disse...

talvez nos devamos criar os bons momentos.

Eu sempre esperei que eles viessem até mim, mas tô vendo que isso não dá muito certo não, odeio atraso! hauha


beijo!

PS: Ainda fico com a torrada e com o requeijão, auahhaa

Jefferson Sato disse...

Gostaria que você estivesse errada. Mas não está. E isso também é uma decepção.

Espero apenas que as pessoas encontrem o caminho para aproveitarem os momentos bons e ruins, como podem. Espero, desesperadamente.

Os textos deste blog são de minha inteira autoria, excetuando eventuais publicações de autoria de terceiros que são devidamente reconhecidas.
Agradeço, de coração, a visita !



Cinthia Freitas