sexta-feira, 21 de maio de 2010

Todos os dias esbarro nas minhas possibilidades, no meu limite. Onde começa o outro e sou obrigada a me encerrar. Caso contrário, abarcaria-os, engoliria-os, todos. Vivo querendo pôr dentro de mim menos de mim, e mais da sabedoria de sentir o que passa ao redor.
A vida sem linha de chegada, e com segura partida, me faz partir sempre.E as coisas também na mesma medida partem de mim.
Estou aprendendo o vício do abandono.
Me devolva para os lugares das boas lembranças! Que também já aprendi a recomeçar...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Notas de rodapé

Se fosse possível consertar o mundo, pra mim, seria feito tudo se você atendesse a um único pedido: Me ame. Me ame acima de tudo.
Quando é preciso romper com a serenidade, só é possível para quem conhece o caminho de volta. Tenho que conhecer meu silêncio para ter direito ao grito.
Abandonar a intuição, defesa sutil e doce que me faz um tanto mais delicada nessa fuga combatente das rasteiras, não é a melhor solução.
Acho que tanto mais amor eu reconheço em mim, mais incompleta na verdade eu me torno. Já que ele pede, ele busca, ele não se satisfaz e se basta.
Gosto de ter defeitos, eles também me qualificam, também me determinam. Amor demais não é defeito. Essa incompletude também não, sequer é do meu domínio. Mas a minha insatisfação crônica e a minha ignorância em não me aprender nos meus limites, acho que é.
Eu não a perdi para sempre. Acho que nunca perdi alguém para sempre. Mas perder aos poucos parece muitos mais doloroso.
Os textos deste blog são de minha inteira autoria, excetuando eventuais publicações de autoria de terceiros que são devidamente reconhecidas.
Agradeço, de coração, a visita !



Cinthia Freitas