terça-feira, 18 de novembro de 2008

Insustentável passividade



Cada pedaço desse pensamento me pesa, como uma culpa por não ser, fazer, poder melhor.
Olho da janela para a vista de todos os dias com as mil falhas que poderia apontar; a mesmice me assusta, me aterroriza. É a insustentável passividade diante das repetições do dia a dia, com a montagem e desmontagem que as horas mal aproveitadas comandam; tenho medo do que isso provoca, ou não provoca, porque é o mesmo que não sair do lugar, é dar voltas em círculos.
Quando passo a detestar as pessoas e os lugares é quando eles não me trazem nada mais, me enterram num processo sem transcendência, me perdem numa vida sem frutos.
Sem espaço para ousadia nem pensamento, sem lugar para criação nem contemplação, só um desenrolar mecânico de insuperáveis limitações.





"...
Tem que saber que eu quero é correr mundo, correr perigo
Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo
E quero que você venha comigo
..."
[Caetano Veloso]

3 comentários:

Jefferson Sato disse...

Detestar as pessoas e lugares por não lhe trazerem nada mais não é um problema. O problema é quando, e se, você se detestar por isso também.

As vezes, fugir de si mesma é a melhor forma de fugir da mesmice.

E se isso não for uma opção, apenas saiba que o importante é se aguentar como pode, até que a chance que você tanto busca, e provavelmente nem sabe, apareça bem diante de seus olhos.

Frido disse...

é isso.. conheço uma pessoa que desde domingo fugiu..
desligou o cell e nao deu cabimento a mais ninguem...
conheceu pessoas, dormiu na casa de estranhos, confiou em estranhos...
e Se jogou no mundo, na vida...

Precisa ser deveras corajoso pra isso!

Nath disse...

insustentável mesmo!
mas recebi conselhos pelo blog, de criar oportunidades e acontecimentos.
Não espere que eles cheguem, crie-os! :D


beijo!

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Cinthia Freitas