domingo, 5 de outubro de 2008

Devaneios de domingo


“Os tempos realmente estão mudando”
Não consigo entender essa frase como verdadeira, cada vez mais enxergo que as coisas apenas se repetem, e não há espaço para diferenças, verdadeiras diferenças. Assumir-se diante do mundo é muito mais do que dizer umas palavras, vestir umas roupas, defender conceitos... O que seria mesmo se assumir? Parece-me tão grande coisa, um grande esforço, ou coragem, mostrar a cara e dar-lhe a quem quiser bater, pois sempre haverá um, e muitos... Assumir os defeitos que são camuflados de todas as formas possíveis, assumir as fraquezas, os medos, assumir a arrogância, a audácia, quem será mesmo capaz de se revelar? E como seria possível buscar identidade se faltam tantas respostas pras coisas mais casuais, se o tempo pode mudar tanto e ainda assim existe uma facticidade rondando a condição frágil da existência humana.
Viver e existir trata-se da mesma coisa? Há escolha pra quem não concebe a existência como um acerto de contas com um ser superior? A vida não é cumprir dever e esperar a hora derradeira, e não pode ser só uma condição pra dar movimento a existência. O que é a vida? Onde posso enxergá-la? Como fazê-la? O que sei é que estar é muito melhor que simplesmente ser.

2 comentários:

Jefferson Sato disse...

Nossa, eu piro demais nessas viagens sobre existência, vida, o motivo de tudo acontecer, por que estamos aqui...

Mas acho que você fez uma separação equivocada aí. Eu diria que o ideal é o equilíbrio entre ser e estar. Alias, acho que o equilíbrio de tudo é o ideal. Da razão com a emoção. A vida e da existência. Dos pensamentos e das ações.

No fim, acho que não há respostas para essas perguntas. Seja a existencia um "acerto de contas com um ser superior", ou não. As vezes acho que a resposta é aquilo que nós queremos que seja.

Leandro disse...

Você é tão filosófica! Me sinto mal por não me fazer tantas perguntas. Só penso besteira mesmo.

asahsahs

Queria pensar como vc.

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Cinthia Freitas