sábado, 6 de setembro de 2008

Os ais e os hão de ser

Sonho com gente que não conheço, mas sei que existem, durmo um dia inteiro e meu corpo não sente, nem o colchão avisa que já passou há muito a hora de acordar, ouço as palavras erradas da boca certa, não como a janta, almoço na hora da merenda, não tomo café.
Ouço o barulho das ondas do mar e sinto o cheiro daquela árvore que eu não sei qual é, aqui na minha cabeça, me esforçando pra apreender um pouco de vida, um pouco da vida, na minha; acho que amanhã vou à praia, sozinha.
É, faz bem sair só por ai, quem dera a coragem de pôr de uma vez aquela mochila meio arrumada nas costas e ir... Ela me espera tão tranqüila, como se tivesse todo o tempo do mundo, eu; ela me espera tão conformada, como se fosse esse o seu destino, meu.
Gasto amor por ai, com gente, que desperdício... E não sei amar um animal, bichinho qualquer.
A filosofia que eu sei não cabe nas palavras, nem em nada que possam me exigir. Deixa eu sentir, pra saber se eu sei, mas não sabendo, quero viver assim...

Um comentário:

Leonardo disse...

Promete que mesmo que você parta com a tal mochila, você vai continuar a escrever aqui?
Gostei principalmente dessa parte:

"A filosofia que eu sei não cabe nas palavras, nem em nada que possam me exigir. Deixa eu sentir, pra saber se eu sei, mas não sabendo, quero viver assim"

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Cinthia Freitas