terça-feira, 10 de abril de 2012

A beleza desacompanhada não faz nenhum sentido mesmo. Santa a compreensão do homem que lamenta aquela moça tão bonita mas superficial, ou, pra não usar cerimônia, burra mesmo!
Esse feriado me deu umas horas na praia, de sol, frescor de mar, água de côco docinha e gelada, e reflexão... Quanto biquíni fio-dental hein minha gente?! Era bundinha vermelha e bronzeada enfiada num tecido lycra, que não é brincadeira!
A beleza tão explícita perde em sensualidade, delicadeza, mistério; até numa mulher em que a vaidade não é primeiro plano, encontrar o belo é mais prazeroso pra quem contempla e admira os adjetivos latentes. Quem acha que ressaltar está em penduricalhos, decotes profundos e encurtamento de roupa, só sabe de aparência, mas nada de beleza.
É numa dessas que eu confirmo a amizade com meu espelho, por ser esse cara sincero e autêntico, nem sempre agradável, mas muito sensato. Santa a persistência de quem se abstrai do bombardeio de alienação, que vem no pacote do "ter" em detrimento do "ser" e ainda piora, confundindo esses dois.
Foi Arnaldo Antunes quem alertou: "somos o que somos, inclassificáveis". E eu naquela praia pensando... Tanta gente não entendendo isso, e se esforçando tanto pra carregar algum rótulo.

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Cinthia Freitas