sábado, 1 de outubro de 2011

Mesmo o domingo mais feliz vai embora triste... Adiando os sonhos e se despedindo de mais uma chance.

Não queria admitir, mas também guardo o melhor de mim numa gaveta para começar uma semana, não posso me colocar por inteiro no ciclo de consumição dessa vida “moderna”; meu trabalho é me preservar das insuportáveis repetições alimentando os pensamentos. Acreditar ainda me salva...

Num esforço para sentir as coisas ao redor, fujo da anestesia que o mundo ensina; não quero me reduzir não quero me reduzir, não quero me reduzir... Repito, confrontando a imagem que vejo no meu espelho do mundo, que carrego comigo oito ou doze horas por dia. Se sobra algo no fim, de cada dia, tento construir a ponte entre mim e o lugar seguro que me guarda.

Mas o que ecoa é saber que sentar à margem é muito solitário... E que a vida pede para diminuir os sentimentos, para que eles caibam.

Tanto mais sinto crescer aqui dentro, tanto menor fica tudo aí fora.

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Cinthia Freitas